sábado, 1 de outubro de 2011

TRABALHO DOS ALUNOS 9º ano R

Aula - Sambas/ Africanidades & Problemática social

Após a pesquisa sobre as raízes/origens do SAMBA e as influências que esta manifestação cultural vem sofrendo ao longo das décadas os alunos dos 9º anos apresentaram os trabalhos em grupos.  Parabéns a todos que desenvolveram as atividades.

  

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A África em nós

Nei Lopes, poeta, músico e escritor fala sobre o continente africano e a africanidade brasileira.





Nei Lopes

O elogio da mestiçagem tem sido um empecilho ao avanço dos direitos dos negros."

Rodrigo Elias e Vivi Fernandes de Lima

Nei Lopes está de bem com a vida. No sossego de seu sítio em Seropédica, a 75 quilômetros da cidade do Rio, ele pode dar vazão às múltiplas paixões que o movem. Compositor de samba, incansável pesquisador da cultura afro-brasileira e da história do subúrbio carioca, romancista, enciclopedista, e que também cultua orixás, nunca esteve tão produtivo.

Quase nada o tira do sério. A exceção: a resistência de alguns setores da sociedade às políticas de inserção social dos negros, sua principal bandeira ideológica. O debate público é acalorado, já rendeu acusações de racismo de parte a parte e foi um dos temas da conversa que tivemos com ele, num agradável encontro no sítio. Nei tem críticas de sobra à forma como a cultura negra é deixada de lado em nome de um “elogio à mestiçagem”, que, segundo ele, camufla a desigualdade racial ainda existente.

Afiado nas argumentações como é afinado na música, este é o resumo de sua formação. Caçula de 13 irmãos, foi o único a completar o primário e ir além: formou-se em Direito e chegou a advogar por oito anos. “Chateado” com a morosidade e a ineficácia do Judiciário, seguiu “naturalmente” o caminho da música, há décadas trilhado em sua família por tios e irmãos. Daí para escritor, livre-pensador, militante social e, agora, debatedor político.
Por onde quer passe, deixa marcas perenes. Do seu “terreiro”, o autor de obras referenciais como o samba “Senhora liberdade” e a Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana saúda a negritude e pede passagem.


REVISTA DE HISTÓRIA O carnaval ainda é uma festa negra?

NEI LOPES O samba é refém do racismo. Primeiro, sofreu um processo brutal de desafricanização. Estabeleceram um gueto para o que seria o samba africanizado, que é exatamente a escola de samba. Só que o gueto das escolas de samba foi desafricanizado também. Como diz um amigo meu, a sociedade brasileira conseguiu um negócio impressionante, que é criar uma cultura negra sem negros. As pessoas, de modo geral, não se dão conta disso. Pensam que escola de samba ainda é uma manifestação de cultura africana. Não é mais. O que havia de substrato africano no samba foi diluído. E o mais doloroso é que não há um carnaval em que esses supostos conteúdos africanos não sejam evocados pelas escolas de samba. Tem sempre uma coisa de orixás, de África, a África distante, esse é o chavão, não é? A África não está distante coisa nenhuma, a África está dentro da gente.

RH Não tem mais nem o samba de terreiro?

NL Não tem, porque a lógica é outra. Antigamente você entrava em um terreiro de escola de samba – que nem se chamava quadra, se chamava terreiro mesmo, exatamente como os da religião africana. Homem não entrava no terreiro, só mulher, como no candomblé, que hoje também não tem mais essa distinção. Até o sentido da roda do samba era o mesmo do candomblé: o sentido anti-horário. Era assim: tinha o puxador cantando, os compositores cantando, a bateria de frente, como é até hoje, mas no centro do terreiro ficavam as pastoras ensaiando. E elas rodavam como rodam as iaôs no candomblé. E tinha um diretor de harmonia no meio, coordenando aquilo. Qual era o objetivo? Era elas aprenderem o samba, fazerem o coro e dançarem de uma forma semelhante à que iriam apresentar no desfile na avenida. Hoje você vai a uma escola de samba e é um grande baile de carnaval. Apenas isso. Não tem sentido simbólico nenhum.

RH O Brasil está mais mestiço?

NL Eu discuto muito essa questão da mestiçagem, porque ela tem sido uma forma de negar a africanidade – “Não vamos discutir isso porque todos são mestiços”. Mas cadê a representação do lado africano dessa mestiçagem nos círculos de poder? Não tem. Quem repete isso com uma virulência cada vez maior é a “direita social”, Ali Kamel [jornalista, editor do jornal O Globo] e sua rapaziada, Demétrio Magnoli, etcétera e tal. O elogio da mestiçagem tem sido um empecilho ao avanço dos movimentos de direitos civis dos negros. E nem sei muito até onde vai esta mestiçagem, que a gente só vê na base da pirâmide. Não vê acima.

RH O embate sobre políticas para afro-descendentes está radicalizado?

NL Todos os que propugnam hoje pela inserção do negro acabam chamados de “racialistas”, para não dizer racistas. Escrevi um artigo no Globo esclarecendo que a exclusão do negro na sociedade brasileira após a abolição se dá basicamente em benefício dos imigrantes. O negro sai de cena, jogado fora, uma abolição com um artigo só – “Declaro extinta a Abolição no Brasil”. “E faz o que com eles agora?”, “Larga aí, eles se viram”. Nisso vêm entrando os imigrantes, recebendo subsídios, uma porção de coisas. Gilberto Freyre diz que os italianos foram os imigrantes mais paparicados da história do Brasil. A minha mulher é descendente de italianos. Citei isso no artigo. Rapaz, o Ali Kamel escreveu dizendo que eu era o [Jean-Marie] Le Pen [político francês de extrema direita] brasileiro. Para se manifestar a favor de qualquer coisa que seja “subversiva”, você tem que arcar com as consequências. Já fui discriminado também, isso é recorrente. Tem uma história muito engraçada da minha juventude lá no Irajá. Tinha um senhor, vizinho nosso, que me viu nascer ali. Quando eu me formei, ele começou a me chamar de doutor. “Doutor Nei, doutor Nei”. Bom, se ele quer chamar, deixa chamar. E quando larguei a advocacia e comecei a me dedicar à música, todo mundo ficou sabendo. Tem um clubezinho lá da vizinhança, fundado pelo meu pai junto com esse senhor, e houve uma divergência política meio acirrada. E esse senhor, no meio de uma discussão, me tratou de maneira meio ríspida, mal-educada. Eu reclamei e ele disse: “Eu o respeitava quando você era um doutor. Você agora é um sambista” [risos]. Engraçado isso, não é? É um preconceito social onde o etnorracial está embutido com tranquilidade.

RH A consciência quanto à origem étnica fez parte de sua formação?

NL Não, isso a gente adquire com o tempo. Inclusive eu fui desestimulado a ter essa consciência pelo fato de meus pais serem muito velhos. Meu pai é de 1888, nasceu antes da Abolição, e minha mãe nasceu em 1900. Para eles, era um assunto que não interessava. Como é que você vai querer pensar em afirmação negra em um contexto totalmente desfavorável, sabendo que isso não levaria a nada naquela época, só levaria para trás? Até bem pouco tempo, era ofensivo você dizer que alguém tinha ascendência africana. Em qualquer dicionário biográfico ou enciclopédia, a circunstância raramente é apontada. A não ser quando o cara se assume ou quando não tem condição de negar. Ou então quando você está querendo derrubar o cara: o Lima Barreto é sempre mostrado como mulato, talvez pelo fato de ter sido um outsider, com problema de alcoolismo e tal. Então, era “o mulato Lima Barreto”. Não era uma coisa que engrandecesse. A minha família não poderia agir de outra forma.

RH Como começou seu engajamento nessa questão?

NL Minha primeira mulher, a mãe do meu filho, era uma negra de família de classe média, com status econômico e social bem diferente do meu. Desde a década de 1950, seu pai e sua mãe frequentavam a questão étnica. Eu aprendi um pouco no convívio, percebi coisas que não percebia. Isso foi fundamental para mim. Conheci muita gente nessa época, negros que trabalhavam em atividades de cultura, o Teatro Experimental do Negro, a Orquestra Afro-Brasileira. Depois veio a coisa política mesmo, já na década de 70. Com a abertura política, pós-ditadura, as entidades negras se organizaram. A coisa tomou vulto, e eu comecei a ter um embasamento mais teórico. Porque não adianta ter só o sentimento; você tem que organizar isso na sua cabeça. Tem uma psicanalista famosa, negra [Neusa Santos Souza], que escreveu um livro chamado Tornar-se Negro. É isso: uma coisa que a gente se torna. É todo um processo até você se conscientizar. Hoje é muito mais fácil, a coisa já vem mais prontinha. A partir dos movimentos negros da década de 70, qualquer criança tem essa percepção.

RH Mas varia de região para região?

NL Muito. Na Zona Sul [do Rio de Janeiro] não existe cidadania em termos de cultura africana, a não ser, possivelmente, em algum núcleo de favela. É um sentimento mais forte no subúrbio, até pela circunstância numérica: você tem muito mais negros no subúrbio do que na Zona Sul. Seropédica tem uma população de 60% de afro-descendentes. Entre os absolutamente carentes, são 80%. Quanto mais afastado do centro, mais tem esse peso. É muito mais fácil, muito mais plausível, um negro suburbano ter consciência da sua identidade étnica do que um negro de outra região.

RH Qual o significado do subúrbio para você?

NL É a matriz da cultura carioca. A primeira freguesia do Rio de Janeiro ocupava um pedacinho do centro da cidade e ia, no máximo, até o atual Campo de Santana. A cidade era aquilo ali e o resto era o resto. Só que nesse resto, primeiro se constitui a freguesia de Irajá, onde, por felicidade, eu nasci, fui criado e tenho família até hoje. De Irajá é que nasceram Jacarepaguá, Campo Grande. Era o celeiro de abastecimento da Corte. Quando eu vou para o Rio, fico recuperando as coisas. Outro dia estava mostrando para a Sonia [sua mulher] um canal fétido, que você cruza quando vai pela Linha Vermelha, quase em frente ao Fundão: é o Canal da Pavuna, feito no século XIX para escoar a produção até o mar. É fundamental saber essas coisas. O que hoje é Gávea, Jardim Botânico, Lagoa, na Zona Sul, eram os subúrbios rurais da época, a ponto de a Gávea ter sido sede de um quilombo abolicionista.

RH No subúrbio também tinha quilombos?

NL Tinha. A Vila Cruzeiro – do Adriano “Imperador” [jogador do Flamengo] – sediou um quilombo fomentado e incentivado pelo vigário da Penha, que era da pesada, o padre português Ricardo Silva. É uma história muito bonita. Esse padre incentivou a grande festa da Penha. Foi o cara que reformou o templo, trouxe para o Brasil um conterrâneo dele, um grande arquiteto [Luiz Moraes Júnior] que deu o formato atual à Igreja da Penha. E Oswaldo Cruz, trabalhando na região, conheceu esse arquiteto e o convidou para fazer o palácio mourisco da Fundação Oswaldo Cruz. Interessante, não é? Bangu tem uma história muito bonita também. O futebol carioca como um esporte popular nasceu entre os operários da fábrica de tecidos Bangu. Durante muito tempo pensou-se que o Vasco tinha sido o pioneiro dessa abertura aos negros, mas não foi. Muita coisa precisa ser reabilitada para que se tenha uma visão diferente. Até para que os governantes tenham uma visão diferente. O atual prefeito, [Eduardo Paes], não sei se por empolgação por causa de Olimpíadas e Copa do Mundo, está acolhendo algumas idéias, como a de fazer um museu vivo na região de Madureira e Osvaldo Cruz, com a memória do samba de lá.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Partes da África sofrem pior seca dos últimos 60 anos, diz ONU

Atualizado em  28 de junho, 2011 - 13:47 (Brasília) 16:47 GMT
 
Refugiados somalis em Dadaab, em foto de abril (Reuters)
O campo de Dadaab, que já está lotado, recebe número sem precedentes de somalis diariamente
A ONU afirmou nesta terça-feira que algumas partes da região conhecida como "chifre" da África, localizado no nordeste do continente, foram atingidas pela pior seca dos últimos 60 anos, com mais de 10 milhões de pessoas afetadas.
O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários afirmou que a crise relativa à falta de alimentos na região, que inclui países como Somália, Etiópia, Quênia, Uganda e Djibuti, é a pior do mundo.
Além da seca, os conflitos na Somália têm forçado um número sem precedentes de somalis a fugir para o Quênia, segundo informações da ONG Save the Children.
A organização humanitária relata que, diariamente, cerca de 1,3 mil pessoas – sendo ao menos 800 delas crianças – têm chegado ao campo de refugiados queniano de Dadaab.
O número mensal de chegadas ao campo mais do que dobrou no período de um ano, afirma a Save the Children.
Algumas famílias são forçadas a caminhar durante mais de um mês para chegar a Dadaab. As crianças chegam exaustas, subnutridas e severamente desidratadas.
Campo de refugiados
O conflito na Somália já vinha forçando a fuga de cidadãos rumo ao Quênia. Mas a forte temporada de secas e a alta no preço dos alimentos dificultaram ainda mais a situação de milhões de somalis.
A Somália é palco de um confronto entre o grupo islâmico Al-Shabab e um governo de transição, que tem o apoio das tropas de paz da União Africana.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, na sigla em inglês) estima que 2,5 milhões de somalis tenham sido afetados pela seca, com 58% deles vivendo do sul do país.
Mas até um milhão estão fora do alcance do WFP desde janeiro de 2010, segundo Peter Smerdon, do escritório do programa em Nairóbi, no Quênia.
"Não estamos trabalhando nas áreas do sul, controladas pelo Al-Shabab, depois que nossas equipes foram ameaçadas, intimidadas e enfrentaram exigências de pagamento", disse Smerdon à BBC.
Dadaab, que é na verdade um conjunto de três assentamentos, é considerado o maior campo de refugiados do mundo: abriga mais de 350 mil pessoas.
A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que muitos dos recém-chegados ao local precisam desesperadamente de cuidados médicos.
Metade das crianças que chegam ao campo nunca sequer foi vacinada.
Como o conflito na Somália não dá sinais de trégua, e a expectativa é de que haja mais meses de secas no país, as condições de vida em Dadaab – que já está superlotado – tendem a piorar.
Até o momento, os esforços para descongestionar o campo e realocar os refugiados tiveram pouco sucesso.

sábado, 18 de junho de 2011

Cartazes - Sociedade do Consumo

Segue a publicação dos cartazes que melhor atingiram o objetivo da atividade "Produza um cartaz em folha A4, que trabalhe o tema : Globalização, avanços tecnológicos e sociedade do consumo."
Parabéns a todos que participaram das atividades.  

domingo, 29 de maio de 2011

África berço da humanidade e do conhecimento

Atualmente passamos por um processo de contestação dos motivos que levaram  ao enfraquecimento da identidade de nações africanas. O Neocolonialismo, o tráfico de escravos, as rupturas, a re-colonização e o restabelecimento das fronteiras são em partes reponsáveis pela situação de probreza do continente. Reescrever a história, a partir do olhar nativo, buscar as bases e a organização social posta antes da ação do colonizador faz-se necessário. Ativar o senso crítico sobre sua própria a existência é, segundo muitos estudiosos, o caminho a seguir.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A sociedade do TER - CONSUMO, PROPAGANDA E SUAS CONSEQUÊNCIAS



A propaganda influencia o modo de vida das pessoas ou apenas reflete tendências? Esse é um dilema recorrente que a sociedade vivencia diariamente e vale para todas as questões, inclusive para o meio ambiente.
Esta semana vi um anúncio de uma montadora de automóveis cujo título espelha bem essa dúvida: “Sofisticação é ter mais do que você precisa e tudo que você deseja”.
Assinado por uma grande agência de São Paulo e aprovado por uma multinacional francesa, essa propaganda foi veiculada em página dupla de uma revista de circulação nacional.
Como assim? Sofisticação? Já é ruim pelo significado explícito, mas fica pior ao lermos as entrelinhas do título. No dicionário encontramos refinamento e esnobação como significado de sofisticação. Então podemos traduzir que ser refinado ou esnobe é ter mais do que você precisa e tudo que deseja.
Ter mais do que você precisa não é sofisticação, é desperdício tolo. É acumular coisas desnecessárias, consumir de forma irracional e estimular o uso predatório dos recursos naturais. Numa época em que discutimos aquecimento global e desenvolvimento sustentável, um anúncio desses parece um despropósito imenso. É usar a inteligência e talento publicitário para imprimir uma sandice sem tamanho.
Mas aí entra a segunda parte do questionamento. Afinal a propaganda é só uma ciência que estimula o consumo a qualquer preço ou tem uma utilidade maior?
Infelizmente, “ter mais do que você precisa e tudo que você deseja” é visto como sinônimo de sucesso. Êxito profissional e pessoal são medidos pelo que ostentamos, pelo que consumimos e aparentamos ser.
Não quero apontar o dedo e afirmar que este nosso comportamento é certo ou errado, apenas propor uma reflexão sobre como os fatos estão interligados.
Preservação ambiental e egoísmo são imiscíveis, não se misturam por nada, são absolutamente incompatíveis. É importante agirmos com consciência coletiva, pensar e viver de acordo com o desenvolvimento de nossas virtudes.A evolução é um caminho sem volta, mas muitas vezes ficamos parados feito poste diante de tantas opções para exercitarmos nosso egoísmo, vaidade e orgulho.
O anúncio do automóvel tenta nos convencer que “sofisticação é ter mais do que você precisa e tudo que você deseja”, mas também nos estímula ao raciocínio lógico sobre qual mundo estamos construindo. Queremos viver nesse mundo falsamente sofisticado, ou optaremos por valores mais saudáveis para nós e nossos filhos? Cada um tem uma resposta. Qual é a sua?

Fonte: texto adaptado http://www.vivaitabira.com.br/viva-colunas/index.php?IdColuna=285

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sociedade do Consumo




A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados. O surgimento da sociedade de consumo decorre directamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milénios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
Características da sociedade de consumo:
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).


Pergunta : Você é o que você consome? O que importa é Ser ou TER? Faça uma reflexão, pense nos valores do humanismo, da democracia e comente: Será que há espaço e acesso para toda humanidade neste modelo de sociedade?

O imperialismo americano

Um dos assuntos tratados em Geografia  é  "Países e Conflitos Mundiais" dentre os assuntos um dos mais trabalhados na atualidade é o terrorismo internacional. Para  atualizar o assunto "ordem mundial" segue novas noticias:
A ordem mundial geralmente foi determinada por grandes impérios, assim fomou-se a chamada PAX (proteção) ROMANA, que extendeu seus dominios pela  Europa, Ásia e Africa conhecida nos primeiros séculos. Assim, os impérios se sucederam ordenando e conquistando, territórios e regiões do mundo ao longo da história. Impérios se formaram e se desfizeram. No século XX, vivemos décadas sobre a Ordem Bipolar caracterizada por sistemas econômicos e ideológicos antagônicos (capitalismo x socialismo) caracterizados por americanos e soviéticos. Terminada a Guerra Fria, fica claro que um único império e uma única ordem se estabelece, a PAX AMERICANA, sob a qual o mundo sucumbe, diante do poder militar, econômico, politico e cultural da grande potência. Após o atentado de 11 de setembro de 2001, essa hegemonia ficou abalada. No entanto, história é uma sucessão de fatos que dão dinamismo as transformações.
O império americano voltou
A invasão da mansão e a morte de Osama bin Laden no Paquistão marcam o retorno do império americano. Em uma década, os Estados Unidos assistiram perplexos a uma série de eventos raríssimos que, como aqueles infernos de mapa astral, alinharam uma inédita sucessão de infortúnios: o maior ataque estrangeiro ao território americano, a ineficácia de suas máquinas de informações e de guerra, o quase colapso do sistema financeiro e a subversão dos valores liberais com a intervenção do Banco Central no mercado para atenuar a hecatombe de 2008. (Crise da economia americana)
Cada um desses elementos parecia fornecer, pela originalidade ou grandeza, sinais de decadência da maior democracia, maior economia e maior máquina militar da história. O ataque terrorista às torres gêmeas e ao Pentágono em 11 de setembro de 2001 usou como arma letal um dos maiores emblemas do sonho americano, o avião a jato, e como arma de propaganda dois de seus maiores componentes culturais: o desastre de imagens hollywoodianas, transmitido ao vivo pela televisão.
Foto: AP
Bin Laden, em 1998: o terror contra o império
Na sequência, a máquina de espionagem mostrava-se incapaz de cumprir a promessa de George W. Bush (“nós vamos caçá-los”) e seu poderio bélico se revelava frágil a ponto de deixar Bin Laden escapar nas montanhas do Afeganistão, onde os Talebans passaram a recuperar território e poder. Na mesma proporção do fracasso externo, os Estados Unidos reduziam-se às suas fronteiras, com medidas de segurança cada vez mais restritivas, num mundo em que a Al-Qaeda insinuava-se como ameaça global. Houve um hiato de vitória com a ocupação do Iraque e a captura de Saddam Hussein. Mas no campo da moral, a conquista do Iraque nasceu sob falsas premissas: nem o país era a principal base ou refúgio da Al-Qaeda, nem Saddam detinha as alegadas armas de destruição em massa. O império não era mais o mesmo e ainda iria enfraquecer-se.
Nas finanças, os dogmas do liberalismo foram arrastados pelo tsunami que arrasou o mercado após a quebra do Lehman Brothers em 15 de setembro de 2008. E para evitar outra grande depressão econômica, o país passou a flutuar sobre um déficit público anual do tamanho de um Brasil. O euro forte, a ascensão da China, o crescimento dos Brics: em uma década, tudo conspirava contra o império americano. Mas então na noite de domingo, primeiro de maio, Osama bin Laden foi morto e, do ponto de vista simbólico, muita coisa mudou.
A começar pelo fato em si. A caçada ao líder da Al-Qaeda nunca foi a guerra de um país contra um homem, mas ao que ele representava: o ódio cego, gerado por ideias capazes de arrastar seguidores para o assassinato indiscriminado de qualquer pessoa, a qualquer hora, em qualquer um dos continentes.
Qual outro país mobilizaria tantas forças, em dois governos distintos, para chegar a esse objetivo? Qual país poderia, nessa luta, gastar em dez anos a fortuna de R$ 2 trilhões — algo como se o dinheiro de uma década das exportações brasileiras fosse integralmente destinado à guerra ao terror? Qual país teria uma máquina de espionagem capaz de manter seu alvo sob vigilância durante mais de oito meses, até construir o cenário do ataque final? Qual país seria capaz de desferir essa operação a 12 mil quilômetros de distância da sua capital? Qual país teria equipamento, tropa e treinamento de elites para invadir o quartel-general do terrorista mais procurado do mundo sem sofrer nenhuma baixa?
Israel promoveu a caça aos terroristas do atentado de Munique e os serviços secretos da União Soviética e da Rússia já envenenaram opositores do regime que se encontravam no exílio ou no exterior. Mesmo o Chile do general Augusto Pinochet mostrou que a fúria vingativa de uma ditadura não respeita fronteiras ao assassinar dois adversários políticos: o chanceler Orlando Letelier, morto na explosão de uma bomba sob seu carro numa rua de Washington, e o general Carlos Prats, vítima de outro atentado a bomba em Buenos Aires.  Mas Rússia, Israel, China ou mesmo os países da Otan talvez possam manifestar o papel de potência regional respondendo uma ou outra dessas questões. No entanto,  só um império global domina todas elas.

Barack Obama: o império se faz lembrar
A morte de Bin Laden não traz nenhuma garantia de que a Al-Qaeda ficará mais dócil ou menos operante – ao menos não no primeiro momento. Os Estados Unidos não irão relaxar as medidas de segurança interna, pelo menos enquanto não conseguirem dimensionar o tamanho do golpe que a ausência do líder terrorista irá gerar no radicalismo islâmico.  O que o ataque de primeiro de maio em Abbottabad fez foi mudar o curso de uma guerra em que o governo americano era política, financeira, militar e moralmente questionado pela comunidade internacional. A morte de Bin Laden lembra aos outros países a diferença de poder que sustenta os Estados Unidos na condição de império global.
Autor: Luciano Suassuna Tags: , , , , ,

CONCEITOS DE GLOBALIZAÇÃO


  • GLOBALIZAÇÃO - conjunto de ações políticas, econômicas e culturais que objetivam a integração do mundo e do pensamento em um só mercado.
  • GLOBALIZAÇÃO: um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos que permitem a transmissão de informações com extrema rapidez de uma parte a outra do planeta.
  • A GLOBALIZAÇÃO financeira se refere à possibilidade de que o capital possa circular pelo planeta em segundos e suas conseqüências sobre a economia dos países.
  • A GLOBALIZAÇÃO é um processo de integração mundial, baseado nos avanços tecnológicos e das telecomunicações. Tem por base a eliminação das barreiras tarifáricas e a formação de blocos econômicos. Embora muitas pessoas só vejam vantagens na globalização podemos observar prejuízos também, principalmente para os países pobres, que não detêm as tecnologias mais avançadas, tornando-se mais dependentes, a cada dia que passa, dos países ricos.

  • A GLOBALIZAÇÃO refere-se a todos os processos que, nas práticas e nas normas, não são obstaculizados nem impedidos pelas fronteiras territoriais e jurisdicionais dos Estados soberanos.
  • A GLOBALIZAÇÃO é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
  • GLOBALIZAÇÃO: a expansão do capitalismo, no início do século XIX, pode ser representado como o marco histórico do início do processo de internacionalização. Processo este que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no que tange à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, e à difusão de informações.
  • A GLOBALIZAÇÃO designa o fenómeno de abertura das economias e das fronteiras, resultante do crescimento das trocas comerciais e dos movimentos de capitais, da circulação dos homens e das ideias, da divulgação da informação, dos conhecimentos e das técnicas. Simultaneamente geográfico e sectorial, este processo não é recente, mas tem vindo a intensificar-se nos últimos anos.
  • GLOBALIZAÇÃO - Conjunto dos processos e tendências de internacionalização da economia, da política e da cultura. Exemplos: a criação de mercados e blocos políticos continentais e mundiais; o surgimento de empresas multinacionais; a preferência generalizada de jovens de todo o mundo pela música e cinema ocidentais.
  • Americanizados..., será? Parte desse processo é uma expressão da GLOBALIZAÇÃO e mundialização da cultura, fenômenos que se acentuaram com a velocidade na troca de informações e com a expansão do capitalismo em escala mundial. Outra parte, no entanto, resume-se aos modismos tão corriqueiros adotados pelos brasileiros, sempre acreditando que o uso de uma expressão estrangeira indica poder e status.

Fonte: http://geoprofessora.blogspot.com/search/label/Globalização

terça-feira, 3 de maio de 2011

Geografia das paisagens: naturais e culturais



A cidade é uma espécie museu vivo da história do trabalho e das técnicas desenvolvidas pela sociedade. Casas antigas e modernas, ruas com grandes edifícios comerciais ou pequenas vilas, praças e monumentos mostram que o trabalho humano se incorpora ao espaço em que vivemos, o qual está em constante transformação. Pode-se dizer, então, que as paisagens são como as fotografias que refletem as combinações entre processos naturais e sociais em um espaço geográfico, no decorrer do tempo histórico.

 

Existem na paisagem indicações muito claras dos processos sociais que as moldam. Um bairro pobre de uma cidade reflete desigualdade social na apropriação da renda, evidenciada nas ruas sem calçamento, nas praças abandonadas, nas valas abertas por onde correm os esgotos.


A observação e a interpretação da fisionomia da paisagem - que é a porção do lugar que a vista alcança - faz parte da essência do saber da Geografia.

 Olhar e pensar sobre o que está presente em cada rua de sua cidade, em cada bairro, em cada campo plantado, em cada montanha ou floresta pode ajudar a compreender como natureza e a sociedade se combinam para moldar as diferentes formas que existem na superfície da Terra.


Para a ciência geográfica, a paisagem deve ser entendida como indicadora de conteúdo vivo e de processos dinâmicos, isto é, em constante transformação.

 O estudo da paisagem se constitui num dos mais antigos métodos de estudo pertencentes à Geografia.

 Tomemos, por exemplo, a observação da vegetação, que é o aspecto mais visível da vida na superfície da Terra. As formações vegetais revelam muitas informações sobre as condições do clima e do solo do lugar. Em uma área tropical, quente e úmida, a existência de uma floresta exuberante e permanentemente verde mostra, quase sempre, que o clima é favorável ao desenvolvimento da vida vegetal.

Por causa das atividades humanas, a paisagem natural vai sofrendo múltiplas modificações no decorrer do tempo, transformando-se numa paisagem humanizada, pela incorporação de elementos culturais.


De acordo com a atividade predominante da população de um lugar, vão se estruturando paisagens de diferentes características, segundo os graus de transformação dos elementos naturais, e conforme a intensidade e a orientação da atividade humana. Desse modo, podemos diferenciar paisagens agrícolas, minerais, industriais e urbanas.

 O maior impacto das atividades humanas está presente na paisagem urbana, que é o produto de atividades ligadas à indústria, ao comércio e ao serviço. Isso mostra que a paisagem não é dada para todo o sempre, mas que é objeto de mudança permanente.


É nas cidades que melhor podemos observar a dinâmica da paisagem, dada a velocidade das transformações que ocorrem no espaço urbano.