domingo, 29 de maio de 2011

África berço da humanidade e do conhecimento

Atualmente passamos por um processo de contestação dos motivos que levaram  ao enfraquecimento da identidade de nações africanas. O Neocolonialismo, o tráfico de escravos, as rupturas, a re-colonização e o restabelecimento das fronteiras são em partes reponsáveis pela situação de probreza do continente. Reescrever a história, a partir do olhar nativo, buscar as bases e a organização social posta antes da ação do colonizador faz-se necessário. Ativar o senso crítico sobre sua própria a existência é, segundo muitos estudiosos, o caminho a seguir.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A sociedade do TER - CONSUMO, PROPAGANDA E SUAS CONSEQUÊNCIAS



A propaganda influencia o modo de vida das pessoas ou apenas reflete tendências? Esse é um dilema recorrente que a sociedade vivencia diariamente e vale para todas as questões, inclusive para o meio ambiente.
Esta semana vi um anúncio de uma montadora de automóveis cujo título espelha bem essa dúvida: “Sofisticação é ter mais do que você precisa e tudo que você deseja”.
Assinado por uma grande agência de São Paulo e aprovado por uma multinacional francesa, essa propaganda foi veiculada em página dupla de uma revista de circulação nacional.
Como assim? Sofisticação? Já é ruim pelo significado explícito, mas fica pior ao lermos as entrelinhas do título. No dicionário encontramos refinamento e esnobação como significado de sofisticação. Então podemos traduzir que ser refinado ou esnobe é ter mais do que você precisa e tudo que deseja.
Ter mais do que você precisa não é sofisticação, é desperdício tolo. É acumular coisas desnecessárias, consumir de forma irracional e estimular o uso predatório dos recursos naturais. Numa época em que discutimos aquecimento global e desenvolvimento sustentável, um anúncio desses parece um despropósito imenso. É usar a inteligência e talento publicitário para imprimir uma sandice sem tamanho.
Mas aí entra a segunda parte do questionamento. Afinal a propaganda é só uma ciência que estimula o consumo a qualquer preço ou tem uma utilidade maior?
Infelizmente, “ter mais do que você precisa e tudo que você deseja” é visto como sinônimo de sucesso. Êxito profissional e pessoal são medidos pelo que ostentamos, pelo que consumimos e aparentamos ser.
Não quero apontar o dedo e afirmar que este nosso comportamento é certo ou errado, apenas propor uma reflexão sobre como os fatos estão interligados.
Preservação ambiental e egoísmo são imiscíveis, não se misturam por nada, são absolutamente incompatíveis. É importante agirmos com consciência coletiva, pensar e viver de acordo com o desenvolvimento de nossas virtudes.A evolução é um caminho sem volta, mas muitas vezes ficamos parados feito poste diante de tantas opções para exercitarmos nosso egoísmo, vaidade e orgulho.
O anúncio do automóvel tenta nos convencer que “sofisticação é ter mais do que você precisa e tudo que você deseja”, mas também nos estímula ao raciocínio lógico sobre qual mundo estamos construindo. Queremos viver nesse mundo falsamente sofisticado, ou optaremos por valores mais saudáveis para nós e nossos filhos? Cada um tem uma resposta. Qual é a sua?

Fonte: texto adaptado http://www.vivaitabira.com.br/viva-colunas/index.php?IdColuna=285

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sociedade do Consumo




A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados. O surgimento da sociedade de consumo decorre directamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milénios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
Características da sociedade de consumo:
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).


Pergunta : Você é o que você consome? O que importa é Ser ou TER? Faça uma reflexão, pense nos valores do humanismo, da democracia e comente: Será que há espaço e acesso para toda humanidade neste modelo de sociedade?

O imperialismo americano

Um dos assuntos tratados em Geografia  é  "Países e Conflitos Mundiais" dentre os assuntos um dos mais trabalhados na atualidade é o terrorismo internacional. Para  atualizar o assunto "ordem mundial" segue novas noticias:
A ordem mundial geralmente foi determinada por grandes impérios, assim fomou-se a chamada PAX (proteção) ROMANA, que extendeu seus dominios pela  Europa, Ásia e Africa conhecida nos primeiros séculos. Assim, os impérios se sucederam ordenando e conquistando, territórios e regiões do mundo ao longo da história. Impérios se formaram e se desfizeram. No século XX, vivemos décadas sobre a Ordem Bipolar caracterizada por sistemas econômicos e ideológicos antagônicos (capitalismo x socialismo) caracterizados por americanos e soviéticos. Terminada a Guerra Fria, fica claro que um único império e uma única ordem se estabelece, a PAX AMERICANA, sob a qual o mundo sucumbe, diante do poder militar, econômico, politico e cultural da grande potência. Após o atentado de 11 de setembro de 2001, essa hegemonia ficou abalada. No entanto, história é uma sucessão de fatos que dão dinamismo as transformações.
O império americano voltou
A invasão da mansão e a morte de Osama bin Laden no Paquistão marcam o retorno do império americano. Em uma década, os Estados Unidos assistiram perplexos a uma série de eventos raríssimos que, como aqueles infernos de mapa astral, alinharam uma inédita sucessão de infortúnios: o maior ataque estrangeiro ao território americano, a ineficácia de suas máquinas de informações e de guerra, o quase colapso do sistema financeiro e a subversão dos valores liberais com a intervenção do Banco Central no mercado para atenuar a hecatombe de 2008. (Crise da economia americana)
Cada um desses elementos parecia fornecer, pela originalidade ou grandeza, sinais de decadência da maior democracia, maior economia e maior máquina militar da história. O ataque terrorista às torres gêmeas e ao Pentágono em 11 de setembro de 2001 usou como arma letal um dos maiores emblemas do sonho americano, o avião a jato, e como arma de propaganda dois de seus maiores componentes culturais: o desastre de imagens hollywoodianas, transmitido ao vivo pela televisão.
Foto: AP
Bin Laden, em 1998: o terror contra o império
Na sequência, a máquina de espionagem mostrava-se incapaz de cumprir a promessa de George W. Bush (“nós vamos caçá-los”) e seu poderio bélico se revelava frágil a ponto de deixar Bin Laden escapar nas montanhas do Afeganistão, onde os Talebans passaram a recuperar território e poder. Na mesma proporção do fracasso externo, os Estados Unidos reduziam-se às suas fronteiras, com medidas de segurança cada vez mais restritivas, num mundo em que a Al-Qaeda insinuava-se como ameaça global. Houve um hiato de vitória com a ocupação do Iraque e a captura de Saddam Hussein. Mas no campo da moral, a conquista do Iraque nasceu sob falsas premissas: nem o país era a principal base ou refúgio da Al-Qaeda, nem Saddam detinha as alegadas armas de destruição em massa. O império não era mais o mesmo e ainda iria enfraquecer-se.
Nas finanças, os dogmas do liberalismo foram arrastados pelo tsunami que arrasou o mercado após a quebra do Lehman Brothers em 15 de setembro de 2008. E para evitar outra grande depressão econômica, o país passou a flutuar sobre um déficit público anual do tamanho de um Brasil. O euro forte, a ascensão da China, o crescimento dos Brics: em uma década, tudo conspirava contra o império americano. Mas então na noite de domingo, primeiro de maio, Osama bin Laden foi morto e, do ponto de vista simbólico, muita coisa mudou.
A começar pelo fato em si. A caçada ao líder da Al-Qaeda nunca foi a guerra de um país contra um homem, mas ao que ele representava: o ódio cego, gerado por ideias capazes de arrastar seguidores para o assassinato indiscriminado de qualquer pessoa, a qualquer hora, em qualquer um dos continentes.
Qual outro país mobilizaria tantas forças, em dois governos distintos, para chegar a esse objetivo? Qual país poderia, nessa luta, gastar em dez anos a fortuna de R$ 2 trilhões — algo como se o dinheiro de uma década das exportações brasileiras fosse integralmente destinado à guerra ao terror? Qual país teria uma máquina de espionagem capaz de manter seu alvo sob vigilância durante mais de oito meses, até construir o cenário do ataque final? Qual país seria capaz de desferir essa operação a 12 mil quilômetros de distância da sua capital? Qual país teria equipamento, tropa e treinamento de elites para invadir o quartel-general do terrorista mais procurado do mundo sem sofrer nenhuma baixa?
Israel promoveu a caça aos terroristas do atentado de Munique e os serviços secretos da União Soviética e da Rússia já envenenaram opositores do regime que se encontravam no exílio ou no exterior. Mesmo o Chile do general Augusto Pinochet mostrou que a fúria vingativa de uma ditadura não respeita fronteiras ao assassinar dois adversários políticos: o chanceler Orlando Letelier, morto na explosão de uma bomba sob seu carro numa rua de Washington, e o general Carlos Prats, vítima de outro atentado a bomba em Buenos Aires.  Mas Rússia, Israel, China ou mesmo os países da Otan talvez possam manifestar o papel de potência regional respondendo uma ou outra dessas questões. No entanto,  só um império global domina todas elas.

Barack Obama: o império se faz lembrar
A morte de Bin Laden não traz nenhuma garantia de que a Al-Qaeda ficará mais dócil ou menos operante – ao menos não no primeiro momento. Os Estados Unidos não irão relaxar as medidas de segurança interna, pelo menos enquanto não conseguirem dimensionar o tamanho do golpe que a ausência do líder terrorista irá gerar no radicalismo islâmico.  O que o ataque de primeiro de maio em Abbottabad fez foi mudar o curso de uma guerra em que o governo americano era política, financeira, militar e moralmente questionado pela comunidade internacional. A morte de Bin Laden lembra aos outros países a diferença de poder que sustenta os Estados Unidos na condição de império global.
Autor: Luciano Suassuna Tags: , , , , ,

CONCEITOS DE GLOBALIZAÇÃO


  • GLOBALIZAÇÃO - conjunto de ações políticas, econômicas e culturais que objetivam a integração do mundo e do pensamento em um só mercado.
  • GLOBALIZAÇÃO: um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos que permitem a transmissão de informações com extrema rapidez de uma parte a outra do planeta.
  • A GLOBALIZAÇÃO financeira se refere à possibilidade de que o capital possa circular pelo planeta em segundos e suas conseqüências sobre a economia dos países.
  • A GLOBALIZAÇÃO é um processo de integração mundial, baseado nos avanços tecnológicos e das telecomunicações. Tem por base a eliminação das barreiras tarifáricas e a formação de blocos econômicos. Embora muitas pessoas só vejam vantagens na globalização podemos observar prejuízos também, principalmente para os países pobres, que não detêm as tecnologias mais avançadas, tornando-se mais dependentes, a cada dia que passa, dos países ricos.

  • A GLOBALIZAÇÃO refere-se a todos os processos que, nas práticas e nas normas, não são obstaculizados nem impedidos pelas fronteiras territoriais e jurisdicionais dos Estados soberanos.
  • A GLOBALIZAÇÃO é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
  • GLOBALIZAÇÃO: a expansão do capitalismo, no início do século XIX, pode ser representado como o marco histórico do início do processo de internacionalização. Processo este que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no que tange à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, e à difusão de informações.
  • A GLOBALIZAÇÃO designa o fenómeno de abertura das economias e das fronteiras, resultante do crescimento das trocas comerciais e dos movimentos de capitais, da circulação dos homens e das ideias, da divulgação da informação, dos conhecimentos e das técnicas. Simultaneamente geográfico e sectorial, este processo não é recente, mas tem vindo a intensificar-se nos últimos anos.
  • GLOBALIZAÇÃO - Conjunto dos processos e tendências de internacionalização da economia, da política e da cultura. Exemplos: a criação de mercados e blocos políticos continentais e mundiais; o surgimento de empresas multinacionais; a preferência generalizada de jovens de todo o mundo pela música e cinema ocidentais.
  • Americanizados..., será? Parte desse processo é uma expressão da GLOBALIZAÇÃO e mundialização da cultura, fenômenos que se acentuaram com a velocidade na troca de informações e com a expansão do capitalismo em escala mundial. Outra parte, no entanto, resume-se aos modismos tão corriqueiros adotados pelos brasileiros, sempre acreditando que o uso de uma expressão estrangeira indica poder e status.

Fonte: http://geoprofessora.blogspot.com/search/label/Globalização

terça-feira, 3 de maio de 2011

Geografia das paisagens: naturais e culturais



A cidade é uma espécie museu vivo da história do trabalho e das técnicas desenvolvidas pela sociedade. Casas antigas e modernas, ruas com grandes edifícios comerciais ou pequenas vilas, praças e monumentos mostram que o trabalho humano se incorpora ao espaço em que vivemos, o qual está em constante transformação. Pode-se dizer, então, que as paisagens são como as fotografias que refletem as combinações entre processos naturais e sociais em um espaço geográfico, no decorrer do tempo histórico.

 

Existem na paisagem indicações muito claras dos processos sociais que as moldam. Um bairro pobre de uma cidade reflete desigualdade social na apropriação da renda, evidenciada nas ruas sem calçamento, nas praças abandonadas, nas valas abertas por onde correm os esgotos.


A observação e a interpretação da fisionomia da paisagem - que é a porção do lugar que a vista alcança - faz parte da essência do saber da Geografia.

 Olhar e pensar sobre o que está presente em cada rua de sua cidade, em cada bairro, em cada campo plantado, em cada montanha ou floresta pode ajudar a compreender como natureza e a sociedade se combinam para moldar as diferentes formas que existem na superfície da Terra.


Para a ciência geográfica, a paisagem deve ser entendida como indicadora de conteúdo vivo e de processos dinâmicos, isto é, em constante transformação.

 O estudo da paisagem se constitui num dos mais antigos métodos de estudo pertencentes à Geografia.

 Tomemos, por exemplo, a observação da vegetação, que é o aspecto mais visível da vida na superfície da Terra. As formações vegetais revelam muitas informações sobre as condições do clima e do solo do lugar. Em uma área tropical, quente e úmida, a existência de uma floresta exuberante e permanentemente verde mostra, quase sempre, que o clima é favorável ao desenvolvimento da vida vegetal.

Por causa das atividades humanas, a paisagem natural vai sofrendo múltiplas modificações no decorrer do tempo, transformando-se numa paisagem humanizada, pela incorporação de elementos culturais.


De acordo com a atividade predominante da população de um lugar, vão se estruturando paisagens de diferentes características, segundo os graus de transformação dos elementos naturais, e conforme a intensidade e a orientação da atividade humana. Desse modo, podemos diferenciar paisagens agrícolas, minerais, industriais e urbanas.

 O maior impacto das atividades humanas está presente na paisagem urbana, que é o produto de atividades ligadas à indústria, ao comércio e ao serviço. Isso mostra que a paisagem não é dada para todo o sempre, mas que é objeto de mudança permanente.


É nas cidades que melhor podemos observar a dinâmica da paisagem, dada a velocidade das transformações que ocorrem no espaço urbano.